Grandes idéias foram censuradas junto com seus pensadores durante o regime militar, mas essa repressão chegou há um limite, gerando um movimento contra revolucionário, chamado tropicalismo.
Esse movimento mudou a bossa nova e criou um novo ritmo MPB, um ritmo sem preconceitos, que unia homens e mulheres, e nao distinguia raça, cor, sexo ou qualquer coisa que possa distinguir um ser humano.A partir dai foram criandas música com desabafos e críticas.
Alguns dos principais representantes do movimento :
No dia 26 de junho de 1968, cerca de cem mil pessoas ocuparam as ruas do centro do Rio de Janeiro e realizaram o mais importante protesto contra a ditadura militar a passeata dos Cem Mil, que reuniu artistas, estudantes, jornalistas e a população em geral, em manifesto contra os abusos dos militares.
O movimento estudantil, não foi considerado um movimento popular e sim um movimento de massa. É a expressão política dos grupos que interferem no sistema político de um modo geral e não só a visão ideológica de uma classe social, composta principalmente pelos burgueses. Em 1967, no Brasil, por conta da ditadura militar, esse movimento reorganiza se como um grupo que se opunha a política. Sua grande capacidade de organização teve resultado na passeata dos Cem Mil, em 1968.
A ditadura militar foi um período da política brasileira em que os militares governaram o Brasil, entre 1964 a 1985. Caracteriza-se pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura, perseguição política e repressão a quem era contra o regime militar.
O Golpe Militar de 1964:OGolpe Militar de 1964 diz respeito ao evento que ocorreu no dia 31 de março de 1964 no Brasil, com um golpe de estado que encerrou o governo do presidente João Belchior Marques Goulart, mais conhecido como Jango. A partir de então, a ditadura militar no país havia começado após os militares assumirem o poder.
Governo Castello Branco (1964-1967):Castello Branco, general militar, foi eleito pelo Congresso Nacional presidente da República no dia 15 de abril de 1964. Ele dizia defender a democracia, porém ao começar seu governo, assume uma posição autoritária
Governo Costa e Silva (1967-1969): Em 1967, assume a presidência o general Arthur da Costa e Silva, após ser eleito indiretamente pelo Congresso Nacional. Seu governo é marcado por protestos e manifestações sociais. A oposição ao regime militar cresce no país. A UNE (União Nacional dos 11
Governo da Junta Militar: (31/8/1969-30/10/1969): Doente, Costa e Silva foi substituído por uma junta militar formada pelos ministros Aurélio de Lira Tavares (Exército), Augusto Rademaker (Marinha) e Márcio de Sousa e Melo (Aeronáutica).
Governo Medici (1969-1974): Em 1969, a Junta Militar escolhe o novo presidente: o general Emílio Garrastazu Medici. Seu governo é considerado o mais duro e repressivo do período, conhecido como "anos de chumbo". A repressão à luta armada cresce e uma severa política de censura é colocada em execução. Jornais, revistas, livros, peças de teatro, filmes, músicas e outras formas de expressão artística são censuradas. Muitos professores, políticos, músicos, artistas e escritores são investigados, presos, torturados ou exilados do país.
Governo Geisel (1974-1979): Em 1974 assume a presidência o general Ernesto Geisel que começa um lento processo de transição rumo à democracia.
Abaixo, temos um hino contra a ditadura militar de Geraldo Vandré, um compositor brasileiro :
Música:"Pra não dizer que não falei das flores"
Composição: Geraldo Vandré
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção...
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(2x)
Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão...
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(2x)
Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição:
De morrer pela pátria
E viver sem razão...
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(2x)
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não...
Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição...
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...(4x)